quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Ae cambada, agora decidi tentar fazer esse blog mais "sério". huahuahahua

Mudar o template (um dia próximo espero...) e postar desenhos e histórias que me agradam.

Começando um caderno novo. Espero desenhar figuras do folclore brasileiro.
Já comecei com a lenda do Boto, logo posto.

Abraços.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Sair, caminhar, ficar livre da internet e das casa, revela um pouco mais da liberdade.

Andar com a câmera, tirar fotos e registrar as flores, árvores e animais. Chegar em casa e então apagar todas as fotos.
É bom não ficar preso.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011


Paiquerê

Desperto ou adormecido, em todos os homens existe o desejo, ou talvez a saudade, de um paraíso terrestre apenas sonhado ou, quem sabe, perdido. Para os índios do Paraná, este paraíso terrestre é o Paiquerê, uma região escondida “nas terras altas”, além de campos e pinheirais. Ali brincam juntos, veados e onças, trançam vôos gaviões e sabiás, e os tangarás dançam sem que os perturbe a presença de estranhos. O sol aquece sem queimar e a chuva só cai quando a terra a chama. As árvores carregadas de frutos dão as mãos às que se engalanam de flores, todas zunindo de abelhas e chilreando de pássaros. Os riachos, correndo cristalinos, faíscam de palheta de ouro e a relva é sempre fresca e macia. Os que ali penetram, nessa natureza em perene primavera, ficam sempre moços, as mulheres sempre bonitas e os homens sempre vigorosos. Tudo é paz, alegria, felicidade. Esta a maravilhosa região, escondida nas terras altas, que os índios chamam Paiquerê. É a Canaã, o Eldorado, o Shangri-Lá dos brancos. É a morada da felicidade, sonho de todos os homens e que ninguém alcança. Maravilhosa região que, como a “felicidade” de Vicente de Carvalho. “existe, sim: mas nós não a alcançamos, porque está sempre apenas onde a pomos e nunca onde nós estamos”... Texto de Valentim Valente


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Coisas simples...


Uns oito meses sem estar naquele lugar. No entanto foi a mesma coisa:
Chegar, jogar as malas em uma das camas do quarto, vestir um pijama ou outra roupa confortável e ir para a sala de TV.
O tio vem também para a sala e começa as mesmas conversas:
Discutir sobre religião, me encher o saco, fazer piadas ou um breve silêncio e depois criticar o programa (seja lá qual for) que está passando na TV.

Depois vem o cheiro de pão-de-queijo sendo assado da cozinha. Saber quando está pronto é fácil: Vem acompanhado com o cheiro do café pronto.
Levanto do sofá, me espreguiço e vou até lá comer o pão-de-queijo quentinho.
Ou volto para a sala e outra figura presente: meu pai.

E o papo favorito dele com meu tio é sobre religião. Sento e ouço curiosa.
Também é de lei me engasgar com o café quando um deles solta uma pérola engraçada.

A noite sou mimada como uma criança: Lençóis limpos, cama arrumada...
Dia seguinte o café da manhã, depois almoço preparados com muito carinho pela mesma pessoa.
A noite não tem janta, saio pra comer algo rico em calorias com a prima e amiga.
Na volta, outra reunião na sala.

A TV está novamente ligada mas ninguém assiste.
É pai, mãe, tio e prima conversando.
Risadas? SEMPRE presentes.

Depois ouvimos alguns passos devagar pelo corredor. Uma cabecinha alegre aparece no vão da porta e pergunta se está tudo bem. E como não estaria?

Ah vó, como te amo...